Sabe aqueles passos de água do último verão? Acredito que não saiba, pois eles sempre ficavam para trás de você, mas eu... Eu sim, os conheço bem.
Seguia-os como se fossem o único caminho, a única maneira; e tão bela era a forma que seus pés formavam no chão, como podia não me apaixonar?
De cabeça baixa, permaneci durante todo este tempo; meu mundo era o rastro que você deixava e mesmo assim, mal pude perceber – ou não quis perceber – seus tombos, seus desvios. P-E-R-D-I-D-O. Perdido em um mundo que não vi passar.
Esqueci que todas as pegadas de água evaporam e não foi diferente com as suas; nada é permanente como se espera, por isso estou voltando para o meu caminho inicial, o certo, e, meu querido amor, quando resolver olhar para trás, verá agora as minhas pegadas, mas não perca seu tempo seguindo-as, pois um dia elas sumirão também e eu estarei longe; para sempre.
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